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Saiba como funciona a alimentação natural para pets

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A reportagem da UpCuesta conversou com Paula Zanin, zootecnista com especialização em alimentação natural de cães, mestranda em biotecnologia animal e estudante de medicina veterinária sobre a alimentação natural para pets, uma dieta balanceada, composta por alimentos naturais que são minimamente processados, podendo ser cozidos ou crus. “Lembrando que não é só oferecer ao seu cãozinho uma cenoura, um chuchu ou uma abobrinha, que se trata de uma alimentação natural, ela deve ser balanceada, sempre, e prescrita por um zootecnista ou um médico veterinário”, explica a entrevistada. Confira mais a seguir:

UpCuesta – Você fala em alimentação natural para pets em suas redes sociais. Explique o que exatamente é uma alimentação natural:

Paula Zanin – Bom, a alimentação natural é basicamente uma dieta balanceada, composta por alimentos naturais que são minimamente processados, esses alimentos podem ser cozidos ou crus, isso vai depender de alguns fatores, como a idade do animal, por exemplo. Essa dieta engloba não só a refeição principal, mas também os famosos petiscos, que também podem ser naturais. Lembrando que não é só oferecer ao seu cãozinho uma cenoura, um chuchu ou uma abobrinha, que se trata de uma alimentação natural, ela deve ser balanceada, sempre, e prescrita por um zootecnista ou um médico veterinário.

UC – Falando em alimentação natural, quais os benefícios e como proceder, ou seja, realmente o que pode e deve ser dado aos pets nesse tipo de alimentação?

PZ – Olha, nós temos que pensar sempre na necessidade natural do animal, então se falamos de cão temos que pensar que se trata de um animal carnívoro, ou seja gosta de comer carne, na natureza os cães se alimentam de outros animais, isso inclui comer ossos, carnes e as vísceras desses animais. Nós classificamos os cães como carnívoros oportunistas, ou seja, se eles estiverem famintos, vão se alimentar tudo que estiver disponível. Então temos sempre que lembrar que a base da dieta deve ser carne, ossos e vísceras e complementamos com alguns ingredientes como chuchu, abobrinha, ovo, para cumprir com todas as exigências nutricionais. Então nós temos sempre que pensar, restos de comida não são alimentação natural, uma dieta composta por frango, arroz e cenoura, também não. Deve ser balanceada, e cada animal pode ter suas restrições, então é muito importante que o animal seja avaliado para ter esse conhecimento da dieta ideal para ele.

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UC – Qual a vantagem em relação às rações?

PZ – Nossa, são tantas. Bom, a alimentação natural é excelente para beleza e saúde dos pets, o pelo do animal que come alimentação natural é muito mais brilhante, cai muito menos, isso porque essa alimentação entrega um alto teor de proteínas nobres. Os nutrientes presentes nessa alimentação protegem as articulações (principalmente ossos carnudos), então é uma indicação para animais com displasia coxofemoral ou osteoartrite, por exemplo. Aumenta a imunidade do animal, reduz o risco da formação de cálculos, por conta do seu alto teor de umidade, proporciona mais disposição, vitalidade, mantém o peso do animal adequado. A digestão é facilitada, também por ser mais úmida se comparado a ração, diminuindo gases e fermentação. E acho que a principal vantagem em relação à ração é ser livre de conservantes, corantes, flavorizantes e outros aditivos artificiais, que fazem mal a curto e longo prazo para a saúde dos nossos animais.

UC – Nos dê alguns exemplos de uma boa dieta para cães, por exemplo, ou se quiser outro para outro tipo de pet também. Quais os alimentos que fariam parte de uma alimentação rica?

PZ – Um exemplo de uma dieta que cumpra todos as exigências de um cão, é uma dieta a base de carne, podemos citar por exemplo o músculo bovino, ou peito de frango, vísceras lisas, o fígado, e vísceras musculares, moela ou coração de frango. E aí os vegetais, abobrinha, chuchu, berinjela, as folhas verdes, como a couve por exemplo, carboidrato que pode ser gordura (presentes nos ossos carnudos), e batata doce, inhame. Esse é um exemplo de dieta bem completo, em diferentes proporções esses alimentos se complementam para cumprir as exigências nutricionais de um cão. Mas como eu disse, a dieta vai depender de diversos fatores, se é um animal jovem ou idoso, se é um animal com alguma comorbidade, alguma doença, como doenças renais, hepáticas, então cada animal pode ter sua particularidade na hora da escolha desses alimentos.

UC – Já ouvi falar de alimentos que não fazem bem e que são até mesmo “proibidos’’ de serem dados aos pets. Pode nos dar alguns exemplos desses alimentos e do que causam?

PZ – Há alimentos que são extremamente proibidos para ofertar a um cão, um exemplo clássico é o chocolate, esse alimento possui teobromina e cafeína, substâncias altamente tóxicas para esses animais, podendo levar o animal a óbito. Uvas, podem causar insuficiência renal aguda, alimentos fritos e gordurosos, podem causar mal-estar, pancreatite (inflamação do pâncreas), além de contribuir para a obesidade. Agora um alimento bem polêmico, que com certeza você e todo mundo já ouviu dizer que não pode dar para o cão são os ossos, mas eu disse que os animais na natureza se alimentam de ossos, certo? Não, eu não me enganei, eles podem sim comer ossos, desde que sejam ofertados crus, afinal os cães não sabem cozinhar né? Quando cozidos, a estrutura natural do colágeno muda, e ele fica rígido, duro, podendo causar perfurações. Mas os ossos carnudos crus são muito indicados, inclusive porque são alimentos ricos em proteína, glucosamina, condroitina, colágeno, minerais e cálcio, sendo muito favorável para o fortalecimento das articulações desses pets. Antes de ofertar é necessário realizar um congelamento desse alimento como medida de segurança, para inativar parasitas que podem estar presentes.

UC – E quanto a temperos? Pode usar de tudo ou tem limitações?

PZ – Os temperos que mais usamos na nossa alimentação que são alho e cebola não podemos usar na alimentação dos cães, sal em pouquíssima quantidade é aceitável, o azeite também em pouca quantidade. Tem temperos que são muito bem-vindos como orégano, manjericão, salsão, lembrando que sempre naturais e não processados. Os temperos vão deixar o alimento mais palatável, mas podemos utilizar o próprio alimento para dar sabor à comida, por exemplo cozinhar os legumes junto com a carne, eles amam e o alimento fica supernatural e saboroso.

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