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Câncer: saiba 5 formas que a alimentação pode impactar positivamente na prevenção da doença

Especialistas apontam que hábitos alimentares e o desenvolvimento de tumores andam juntos e muito de perto.

Alimentação voltada ao consumo de bens de origem natural é apontado como o grande aliado para a prevenção do câncer.

Relação de tumores e a comida

O câncer é uma doença sujeita a múltiplos fatores, e tem se estudado muito nas últimas décadas sobre o que leva ao surgimento de células cancerígenas. Hoje sabemos que fatores genéticos, consumo de cigarros e até exposição ao sol nos tornam vulneráveis ao surgimento de tumores. Mas sobre a alimentação, estudos que provam como ela afeta a propensão da doença, são recentes.

Segundo a Dra Renata Candido, nutricionista da cidade de Botucatu, a relação entre a comida e o câncer é intrínseca. “O que acontece é que a nossa alimentação conversa com os nossos genes, então se você já tem alguma propensão genética que te predispõe a desenvolver um câncer e tem uma alimentação de baixa densidade nutricional, isso contribui para o aparecimento da doença”, afirma a nutricionista.

Em conversa com a doutora, e a análise de pesquisas sobre a área, a Up Bem Estar elaborou uma lista de 5 hábitos que podem ajudar na prevenção e combate da doença. Confira:

Os alimentos base

Ter uma alimentação voltada ao consumo de bens de origem natural é apontado como o grande aliado para a prevenção do câncer. Frutas, verduras e legumes são essenciais, como afirma a Dra. Candido: “A gente tem que priorizar principalmente frutas e verduras de coloração roxa e vermelha como o morango, mirtilo, blueberry, framboesa, melancia, beterraba e o próprio açaí, que é uma planta que temos muito no Brasil pois é uma planta nativa, assim como a jabuticaba, porque elas têm grande capacidade antioxidante”

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o consumo de pelo menos 400g de vegetais (entre frutas e verduras) é a dada recomendação, citando alimentos como a cenoura, tomate, couve-flor e berinjela, todos legumes sem amido.

Temperos salva-vidas

Ainda na temática dos antioxidantes, os temperos naturais são muito ricos nessas substâncias, são de fácil acesso e podem ser adicionados a inúmeras receitas cotidianas. Cúrcuma, açafrão-da-terra, canela e cacau 100% ou em pó estão entre as especiarias mais citadas.

O problema dos ultraprocessados

Em estudo desenvolvido entre 2009 e 2017, pesquisadores mapearam os efeitos do consumo de alimentos industrializados em 100 mil voluntários e descobriram um aumento de 10% nos casos de câncer após aumentarem o consumo desses produtos.

De fato, há uma congruência médica ao afirmar que o consumo dos mesmos afeta diretamente no desenvolvimento da doença. “Em excesso e também a longo prazo, eles fazem com que o nosso corpo funcione de maneira inadequada. Tem muito processo inflamatório quando a gente come esses alimentos que são muito processados, com corantes, adoçantes artificiais, aromatizantes– substâncias que aumentam a validade do produto”, afirma Candido.

Refrigerantes só aos finais de semana?

                        Corantes em refrigerantes, por exemplo, o 4-MI (4-metil-imidazol), presente nas bebidas à base de cola, foi classificado como cancerígeno pela Organização Mundial da Saúde. A mesma instituição anunciou que até o consumo de refrigerantes considerados diet ou sem açúcar são de grande risco.

         Curiosamente, uma pesquisa norte-americana conduzida pelo Center for Science in the Public Interest (CSPI, em inglês) aponta que a concentração mais elevada do composto 4-MI está nas latas produzidas no Brasil, dentre os países estudados: “O ideal é reduzir ao máximo o consumo”, afirma Candido, e continua dizendo que a diminuição do consumo de açúcares deve vir em todas as frentes. “Consumir uma porção de açúcar por dia pode não ser ruim, mas não entram refrigerante, café adoçado, bolachas, chocolates e biscoitos.”, diz a doutora.

É possível tem uma alimentação saudável substituindo alguns tipos de alimento no nosso cotidiano.

Consumo de Carne Vermelha

            Uma alimentação que contêm carne de boi, cordeiro e porco em excesso aumenta a chance de desenvolver câncer no intestino. Uma vez que apresenta concentração de ferro heme, cujo excedente se torna tóxico ao organismo. Diante disso o consumo recomendado é de 500g por semana.

            Os substitutos podem ser outros tipos de derivados animais e até mesmo vegetais. Hoje há um vasto mercado de produtos vegetarianos e veganos cujos ingredientes simulam o gosto de carne. Entre os substitutos estão os cogumelos, a carne de soja, e os hambúrgueres de legumes como feijão, lentilha e grão-de-bico, cujo consumo apresenta um benefício extra quando são de origem natural.

Por: Luciana Saravia – Jornal Junior – Unesp Bauru

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