
O advento da tecnologia trouxe para a humanidade diversas ferramentas nunca vistas antes. Com isso, diversos meios de comunicação e rede social ganharam espaço na vida das pessoas. Em meio a um ambiente com tanta informação e possibilidade de fala, tornou-se mais cotidiano debater sobre questões sociais, como o preconceito.
Entretanto, apesar dessa mazela social estar sendo mais debatida atualmente, algumas discriminações ainda são um tabu. Exemplo disso é o etarismo ou ageísmo, que consiste no preconceito contra indivíduos baseado na idade. Essa discriminação pode se manifestar de diversas formas, desde comentários que parecem inofensivos – mas carregados de estereótipos – até de maneiras políticas, legitimadas através de atos institucionais.
Desse modo, o etarismo pode afetar todas as idades, como os mais jovens que encontram barreiras para terem oportunidades em cargos de liderança. No entanto, a situação se agrava ainda mais para os mais velhos, que costumeiramente encontram diversas limitações para conseguir uma oportunidade de emprego ou mudar de profissão.
Esse estigma social é derivado da associação de diversos aspectos negativos atrelados à imagem do idoso. Apesar de todos saberem que envelhecer é algo natural, esse tema é tratado pela sociedade como algo triste e melancólico.
Nessa perspectiva, torna-se difícil vencer tais estereótipos e conseguir se inserir no mercado de trabalho. De acordo com a Organização Mundial da Saúde 16,8% dos brasileiros com 50 anos ou mais já sofreram alguma discriminação por estarem envelhecendo.
São diversas as consequências que o etarismo traz para quem sofre esse preconceito. Na questão financeira, muitas vezes os adultos mais velhos dependem do trabalho para conseguirem se manter, enquanto a falta de oportunidade gera altas porcentagens de desemprego para as pessoas com mais de 50 anos. Além disso, a saúde mental também se torna uma das áreas mais abaladas, pois o desprezo pode ocasionar quadros de depressão, ansiedade e isolamento.
O artigo 26 do Estatuto do Idoso prevê que o idoso no seu exercício profissional tenha respeitadas suas condições intelectuais, físicas e psíquicas. Todavia, a banalização desse preconceito faz com que ações excludentes e desrespeitosas no ambiente de trabalho se tornem cotidianas.
Segundo a Associação de Psicologia americana, o etarismo é um assunto sério e por isso existe a necessidade de debater essa questão, de forma que a população receba mais informações sobre a discriminação e encontre maneiras para minimizar esse cenário problemático.
Agora que você entende toda a problemática do preconceito contra a idade no mercado de trabalho, conhecido como etarismo ou ageísmo, confira as principais matérias sobre comportamento no nosso blog.
Por: Lívia Xavier, Jornal Jr – UNESP Bauru.