
Hipotireoidismo é uma disfunção que ocorre na glândula tireóide, caracterizada pela queda na produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). Não deve ser confundida com o Hipertireoidismo, que é quando há o aumento na produção desses mesmos hormônios.
Tanto a triiodotironina quanto a tiroxina são responsáveis por controlar a forma como cada célula do corpo gasta energia, ou seja, controla o metabolismo do corpo humano. Ambas são reguladas pelo hormônio TSH, que é produzido na glândula hipófise, atuando na mudança de concentração do T3 e T4 na corrente sanguínea.
Diversos são os fatores possíveis para o aparecimento dessa problema, que pode variar entre o período curto (agudo) ou longo (crônico). Entre esses fatores estão as doenças autoimunes, a própria cirurgia da tireoide, radioterapia, o uso contínuo de medicamentos como o lítio, e, inclusive, o tratamento contra Hipertireoidismo, que pode inverter a situação do paciente e trocar a produção acima do normal dos hormônios para uma baixa, resultando, assim, no Hipotireoidismo.

Entre os principais sintomas do Hipotireoidismo estão depressão, desaceleração dos batimentos cardíacos, intestino preso, menstruação irregular, falhas de memória, cansaço excessivo, dores musculares, pele seca, queda de cabelo, ganho de peso e aumento de colesterol no sangue (o que aumenta a chance de problemas cardíacos).
Infelizmente, ainda não há como prevenir o Hipotireoidismo. Entretanto, são recomendados exames de triagem em recém-nascidos, para detectar possíveis quadros congênitos. Dessa forma, quadros mais graves da doença, como o retardo mental, podem ser evitados.
A doença pode ocorrer tanto durante a gravidez quanto no pós-parto. Por isso, o diagnóstico deve ser feito através da triagem neonatal, entre o terceiro e o sétimo dia de vida do bebê), pelo chamado “Teste do Pezinho”.
Como tratar o hipotireoidismo?

Ao relatar para um profissional da saúde acerca de cansaço sem qualquer motivo aparente ou apresentar qualquer um dos outros sinais de hipotireoidismo, um exame de checagem do funcionamento da tireoide será requisitado a fim de verificar e medir o nível do TSH no organismo.
Se confirmada a disfunção no paciente, o tratamento padrão para o hipotireoidismo envolve o uso de uma versão sintética do hormônio T4: a Levotiroxina. Esta medicação oral deve ser tomada todos os dias, em jejum (no mínimo meia hora antes do café da manhã), para que a ingestão de alimentos não diminua a sua absorção pelo intestino. Outros medicamentos devem ser ingeridos pelo menos uma hora após a levotiroxina para não atrapalhar a absorção da mesma. Assim, os níveis hormonais são restaurados para uma quantidade adequada, revertendo os sinais e anulando os sintomas.
Para ir além e entender com mais detalhes, recomendamos este vídeo do doutor Drauzio Varella, em que há um maior aprofundamento neste assunto.
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Por: Gabriel Almeida, Jornal Jr – UNESP Bauru.