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Paralimpíadas: os esportes como uma forma de inclusão social

Saiba quais foram as vitórias da seleção brasileira nas Paralimpíadas de 2021 e qual a importância da inclusão por meio dos esportes

O Brasil teve um desempenho histórico nas Paralimpíadas de Tóquio deste ano. A seleção terminou em 7º lugar no quadro geral de medalhas, com 72 medalhas, igualando a posição de Londres 2012. E, também  bateu o recorde de medalhas de ouro em uma edição, foram exatamente 22 medalhas ganhas.

Por falar em ouro, foi em Tóquio que o Brasil conquistou sua 100ª medalha de ouro nas paralimpíadas, que veio do atletismo com Yeltsin Jacques nos 1500m da classe T11. Após o final dos jogos, o Brasil soma 109 medalhas de ouro na história.

Essas paralimpíadas também foram importantes na promoção da inclusão e  diversidade. O Brasil subiu ao pódio em 14 modalidades diferentes, sendo o atletismo e a natação as mais vitoriosas com 28 e 23 medalhas, respectivamente.

Inclusive, é da natação e do atletismo que temos alguns dos maiores e melhores paratletas do mundo. Daniel Dias, da natação, é o maior medalhista paralímpico do Brasil com 27 medalhas e Petrúcio Ferreira é o paratleta mais rápido do mundo, após vencer o bicampeonato na prova dos 100m rasos da classe T46/47 e bater o próprio recorde do Rio 2016.

A foto mostra um atleta paralímpico de atletismo. Ele está vestindo uma camiseta de manga longa e calças na cor preta. O homem possui um prótese que substitui o pé, da perna direita.
O respeito à diversidade e abraçar a inclusão, são grandes passos para um mundo melhor para todos (Reprodução: FreePik)

UMA MENSAGEM DE MOTIVAÇÃO E MUDANÇA

Porém, mais importante do que as medalhas e o desempenho esportivo, é a mensagem de esperança e, principalmente, inclusão social que as paralimpíadas deixam: a inclusão por meio dos esportes pode transformar a vida das pessoas.

No prefácio do livro “Esporte Paralímpico: Tornar possível o impossível”, lançado em 2017, o nadador Daniel Dias diz que: “o esporte foi e é muito importante na minha vida, pois sempre acreditei e acredito que se trata de uma grande ferramenta de inclusão social. Nem todos serão campeões no esporte. Mas acredito que todos nós, independentemente de nossas limitações físicas, podemos ser campeões na vida.”

Da mesma maneira como aconteceu com Daniel e Petrúcio, promover a inclusão de todas as pessoas nos esportes, assim como em todos os espaços, têm o poder de transformar vidas e superar barreiras impostas pela falta de acessibilidade, discrimação e preconceito.

A foto mostra as pernas de um atleta paralímpico de ciclismo. Ele está vestindo um shorts de corrida nas cores preta, azul e verde. O homem possui um prótese que substitui a região abaixo do joelho até o pé, da perna direita.
Promover meios de acessibilidade e adaptação nos esportes, e em todos os lugares, é muito importante (Reprodução: FreePik)

PARA ALÉM DOS ESPORTES

Quando tratamos sobre a falta de inclusão e acessibilidade, o assunto não fica apenas nos esportes. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 46 milhões de brasileiros possuem alguma deficiência, o que representa 21,5% da população. E a situação fica preocupante quando analisamos o número de pessoas deficientes que possuem acesso ao mercado de trabalho.

Desses 46 milhões, apenas 20,3 milhões estão ocupados e destes, 40,2% possuem carteira assinada, enquanto que essa porcentagem para as pessoas sem deficiência é de 49%. Ou seja, nos dias de hoje a necessidade por debates e ações que viabilizem a diversidade e inclusão é de grande relevância.

Então, é justamente nesse ponto que o esporte se mostra mais um vez fundamental para a vida em sociedade, atuando também como uma ferramenta para a inclusão social. E dessa maneira, os esportes paralímpicos são um meio de desenvolver mudanças sociais, partindo da inclusão de pessoas deficientes e proporcionando uma maior conscientização quanto à acessibilidade.

Gostou da matéria? Então fique atento(a) ao nosso blog para saber mais sobre comportamento e outros temas interessantes.

Por: Caio Chiozzi – Jornal Júnior – Unesp/Bauru

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