Saiba quais são os efeitos da cafeína no organismo e quais precauções é preciso tomar ao consumir café
O café faz parte da rotina da maioria dos brasileiros há tempos, mas durante o isolamento social em decorrência da pandemia da Covid-19, o consumo da bebida aumentou 35%, segundo Ricardo de Souza Silveira, presidente da ABIC – Associação Brasileira de Café.
Entretanto, do ponto de vista médico, seu consumo é constantemente questionado. Afinal, quais os efeitos do café no nosso organismo?
Alguns benefícios já foram comprovados na área da Saúde, como a prevenção de doenças degenerativas, tal como o Alzheimer e o Parkinson. Além disso, de acordo com a endocrinologista Cíntia Cercato em atuação no Hospital das Clínicas (USP), o produto também auxilia na proteção do coração.
A ingestão de café nos ajuda, inclusive, a liberar estimulantes naturais como a dopamina, o famoso “hormônio da felicidade” relacionado com a motivação, e a adrenalina, hormônio responsável pelo entusiasmo e euforia.
Precauções
A cautela de alguns especialistas ao defenderem o consumo de café ão surge à toa. A cafeína, estimulante que confunde as células do nosso corpo para manter-nos despertos por mais tempo, faz mal se consumida em excesso.
Por isso é importante se atentar com o tipo de produto que está consumindo, já que o café expresso tem quase o triplo de cafeína que a versão comum, por exemplo. Para ter como base lembre-se que meia xícara (cerca de 125 ml) de café coado tem 85 ml de cafeína e a mesma quantidade de café expresso contém 250 ml da substância.
Outra medida a se considerar é a especificidade de cada pessoa, já que a ingestão diária recomendada de café varia. Um adulto saudável, por exemplo, pode tomar até 400 ml de café por dia, porém, para gestantes e lactantes a medida é de apenas 200 ml, para crianças e adolescentes o recomendado é ainda metade disso: apenas 100 ml.
Outro fator relevante na hora de considerar o consumo de café é a forma como se adoça a bebida. Para um hábito mais saudável, é recomendado substituir o açúcar branco por outro tipo, como o demerara ou, até mesmo, por adoçantes à base de stévia.
Problemas e Recomendações
Ainda que, segundo Cercato, não haja estudos científicos que comprovem a ligação do café com o vício, abusar da bebida pode trazer outros problemas à saúde.
Um estudo feito na Universidade de São Paulo (USP) ivulgado pela revista Clinical Nutrition, concluiu que se o consumo extrapolar 3 xícaras (cerca de 720 ml) há um risco maior de desenvolver pressão alta, sobretudo em pessoas já predispostas a terem hipertensão.
Além disso, o consumo excessivo de café pode causar arritmia, irritabilidade, nervosismo, agitação, insônia e atraso na formação cerebral do feto em caso de pessoas grávidas.
Para prevenir esses problemas e não abrir mão de uma bebida pela manhã, trouxemos algumas sugestões para substituir o café que também aumentam a energia, mas com pouca ou nenhuma cafeína, veja:
1- Suco de ameixa: Ele ajuda a regular o nível de eletrólitos no corpo, o que aumenta a resistência.
2- Chá verde: Tem um pouco menos de cafeína que o café, mas vai te fornecer energia sem o risco de tremores como quando se toma muito café.
3- Smoothie de nozes: Rico em fibras e proteínas, ajuda a subir os níveis de açúcar no sangue e eleva a energia.
4- Semente de linhaça: Ricas em fibra e energia, misturá-las a um shake ajuda a se manter mais ativo.
Agora que você já conhece todos os lados sobre o consumo de café, é hora de aplicar esses cuidados ao seu dia a dia e buscar por uma alimentação mais equilibrada!
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