Todo século é marcado por fatores sociais, indicadores econômicos, tendências culturais, entre outros pontos, que refletem diretamente no comportamento da sociedade e na moda. A maneira que nos vestimos reflete o que queremos expressar de maneira não verbal. Na década de 80 essa expressão foi marcada pelo maximalismo e nos anos 2000 a liberdade e a ousadia foram as precursoras na moda.
Os anos 2000 faz sucesso novamente
Apesar de todos os séculos terem suas particularidades, o início do milênio foi marcado pela globalização, popularização da internet e a ida do homem à lua. Devido a essa forte onda tecnológica, é a primeira vez que as informações tiveram um fluxo maior, integrando todo o mundo. Esse fator desencadeou e influenciou a moda daquele ano, que passou a aderir o consumo Fast Fashion.
A cultura saudosista sempre busca revisitar e resgatar tempos mais antigos. Com a moda sabemos que não é diferente, principalmente no mundo contemporâneo, que devido a tecnologia, tornou-se ainda mais rápida e sucinta para tendências antigas voltarem de modo cíclico.
Além disso, há outros precursores desse estilo característico da época, como a cultura pop. Na música, Britney Spears e Shakira começavam a fazer sucesso, e o filme Meninas Malvadas era uma febre entre os jovens da época. O estilo de vida que era propagado por essas referências influenciou os comportamentos de consumo da grande parte da população.
E como todas as tendências estão inclinadas a voltarem, as peças mais aclamadas e mais criticadas voltaram com força. Os cintos, body chain, mini saias, gravatas femininas, roupas jeans, shoulder bags e roupas de cinturas baixa reviveram e hoje retornam com muito sucesso.
Com o Tiktok, tornou-se fácil reparar o resgate dessa estética. Uma das trends do aplicativo denominada “Gwm” ou em português “arrume-se comigo”, mostra a pessoa se arrumar enquanto grava o vídeo. Dessa forma, as peças dos anos 2000 não ficam de fora.
Pontos negativos da moda 2000
Apesar do estilo agradar muitas pessoas, existe uma problemática, pois essa moda exclui e marginaliza quem não se encaixa no padrão de beleza exigido. Os maiores ícones fashion contemporâneos ainda são compostos pela maioria de mulheres magras, ou seja, os estilos das roupas são feitos e moldados para medidas menores.
Essa questão reflete diretamente na autoestima e saúde mental de pessoas que gostam da tendência, mas que não podem usar porque as marcas não fabricam números para todos os corpos. Além disso, as propagandas, capas de revistas e filmes ou séries são com modelos que não representam o físico da maioria das meninas.
Conclusão
Apesar da moda ser cíclica com os avanços dos debates sobre impasses sociais, é necessário que as tendências sejam resgatadas e repensadas para conseguir atender a todos que compõem a sociedade.
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Por: Lívia Figueiredo Xavier, Jornal Jr – UNESP Bauru.