Saiba mais como o uso medicinal da Cannabis pode ajudar no tratamento de doenças

O uso medicinal da Cannabis é uma prática comum, aceita em mais de quarenta países do mundo. Os benefícios trazidos pelo canabidiol (CBD), princípio ativo mais utilizado na indústria farmacológica, levam alívio a muitos pacientes medicados com ele.
Você sabe como as substâncias da Cannabis pode fazer parte de tratamentos terapêuticos, ajudando em certas doenças? Confira, neste texto, como isto é possível.
Como funciona o uso terapêutico da Cannabis?
O uso terapêutico mais conhecido da planta é para o tratamento de pessoas com epilepsia. Pesquisas apontam que, em algumas síndromes graves de epilepsia na infância, o canabidiol ajuda no controle das crises convulsivas.
Estudos com o CBD demonstram que o princípio ativo pode contribuir para frequência cardíaca reduzida, pressão arterial mais baixa e vasodilatação aumentada.
Além disso, as propriedades antidepressivas e ansiolíticas da Cannabis melhoram a qualidade de vida e reduzem os problemas decorrentes da depressão e da ansiedade, desde que devidamente receitado por um profissional da saúde.
O principal efeito do CBD no cérebro é a redução de inflamação, que está ligada a diversos distúrbios, como ansiedade, depressão, problemas de memória, derrames, Alzheimer, fadiga e confusão.
Esse efeito anti-inflamatório é reportado também no restante do corpo, usando o sistema endocanabinóide. Esta redução na resposta inflamatória é benéfica por minimizar o risco de aterosclerose – entupimento das artérias – que leva a quadros de infarto, por exemplo.
No campo psíquico – quando ingerido na dosagem correta e com indicação médica – o canabidiol pode gerar sensações de calma, inibindo a absorção da anandamida, neurotransmissor que ajuda a manter a homeostase (do grego “equilíbrio interno”).

A Cannabis Medicinal no Brasil
No Brasil, existe apenas um medicamento com CBD autorizado para comercialização – vendido exclusivamente com receita – com o nome comercial Mevatyl.
Este medicamento é indicado para o tratamento de espasmos musculares em pessoas com esclerose múltipla, uma doença autoimune que atinge o cérebro, os nervos ópticos e a medula espinhal.
Uso medicinal X Uso recreativo
Vale ressaltar que a diferença entre o uso medicinal e o recreativo da maconha é grande. Enquanto os usuários medicinais costumam utilizar produtos ricos em canabidiol, o canabinoide mais benéfico para a saúde, os usuários recreativos buscam produtos com alta concentração de THC, o principal constituinte psicoativo da planta.
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Por: Mateus Conte – Jornal Jr – Unesp/Bauru