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Os maiores avanços da medicina nos últimos anos

Todos nós sabemos o quanto a tecnologia evoluiu nos últimos anos. A velocidade dessa evolução foi tão rápida que pessoas de uma única geração puderam conhecer tecnologias totalmente distantes. Por exemplo, nascidos nos anos 60 tiveram a experiência de utilizar telefones com fio, falar com a telefonista e até utilizar o FAX. Hoje, essas mesmas pessoas respondem mensagens por smartwatchs e compartilham os álbuns da família por meio de links na nuvem. Assim como na comunicação, todos setores passaram por grandes transformações, principalmente a área da saúde. Isso porque é um interesse comum de todos o Mundo que a medicina e saúde avancem e utilizem todas novas ferramentas que a tecnologia possa oferecer. Hoje vamos destacar os maiores avanços da medicina nos últimos anos e como eles podem mudar a forma que entendemos a medicina.

A vida nem sempre foi como é hoje.

Pode ser difícil imaginar, mas antigamente não tinha anestesia, nem mesmo para amputações. Já imaginou? Essa era a realidade no ano de 1848, quando a primeira anestesia foi realizada aqui no Brasil. Já implantes dentários são bem mais modernos: começaram na década de 70 nos Estados Unidos. Já nos anos 80, os computadores eram do tamanho de automóveis e a moda era enviar FAX com mensagens curtas aos amigos e familiares.

E olha que interessante. Só em 1895 o Raio-X começou a ser usado, mas na época atraia mais a atenção de fotógrafos e noivas querendo tirar a foto com a aliança. Ninguém sabia que ele era radioativo na época.

Esses só foram alguns exemplos para mostrar que o mundo nem sempre foi como é hoje. Algumas tecnologias que hoje estamos acostumados a ter à nossa disposição, antigamente somente eram novidade e especulação.

E o tempo passa, e esquecemos como era a vida antes. Mas mesmo assim, de vez em quando a gente ainda se pergunta “como era a vida sem GPS mesmo?”.

Como vai ser a medicina daqui 20 anos?

Agora um exercício de imaginação. Com essa compreensão do tempo de desenvolvimento de tecnologias, o que podemos espera para os próximos 20, 30 anos?

Não dá para saber. Mas podemos tentar imaginar, baseando-nos nos maiores avanços da medicina nos últimos anos e como eles mudaram a perspectiva de tratamento de inúmeras doenças e condições.

Antes dos anos 2000, muitas doenças podiam ser uma sentença. Mas hoje diversas pessoas podem conviver com suas doenças tranquilamente, só acompanhando ocasionalmente com seus médicos.

Os maiores avanços da medicina nos últimos anos.

Falando do que interessa, podemos destacar diferentes avanços na medicina que podem mudar nossa vida. Talvez essa seja a melhor maneira de prever como será a medicina daqui para frente, uma vez que essas soluções vieram para solucionar problemas modernos e que ainda deixam as pessoas sem alternativa de tratamento ou mesmo cura.

Edição genética.

Esse deve ser um dos maiores avanços da medicina dos últimos anos, e rendeu o Prêmio Nobel de Química em 2020 para duas mulheres, Emanuelle Charpentier e Jennifer Doudna.

A técnica chamada de CRISPR/Cas9 permite editar com precisão os genes de um organismo. A descoberta veio quando Emmanuelle estudava uma molécula desconhecida, e percebeu que ela fazia parte do sistema imune de uma bactéria. Na bactéria, essa molécula era responsável por matar vírus invasores cortando o DNA deles.

As duas doutoras reproduziram a técnica no laboratório, aplicando esse “corte” no DNA de outros organismos com grande precisão, como se fosse uma tesoura de edição genética. A tecnologia funcionou em todos os organismos testados, incluindo plantas, micróbios e humanos.

Hoje, a técnica é avaliada para criar células mais potentes contra tumores, editar genes e tratar condições genéticas diretamente nas células do paciente, ou até mesmo editar algas marinhas para produzirem mais lipídios para gerar energia sustentável em maior quantidade.

Terapias de edição genética hoje existem dentro e fora do Brasil, e atuam diretamente na estrutura genética alterando a doença ou condição diretamente no DNA do paciente.

Medicina Regenerativa.

A R-Crio vive esse tema diariamente e, de fato, são encantadores os avanços da medicina nessa área. Pensando no aumento da longevidade da população, outra tecnologia que avança rapidamente é a Terapia Celular e Medicina Regenerativa. São diversas áreas onde há o uso da técnica, e há grandes perspectivas dessa área da saúde mudar a medicina para sempre.

tecnologia de criopreservação já é bastante difundida. Agora, pode-se também preservar suas células-tronco com a R-Crio, fazendo com que elas parem de envelhecer. Assim, quando estivermos mais velhos, podemos utilizar nossas próprias células de anos atrás para regenerar e substituir as células envelhecidas do organismo.

Há um rumor entre médicos e pesquisadores que há uma tendência na medicina de regredir à suas origens na biologia, ao invés de utilizar tantos químicos e fármacos como hoje em dia.

Tecnologia da informação.

Movido por todo movimento de comunicação e informação mundial, a tecnologia da informação é um dos maiores avanços da medicina nos últimos anos.

Com certeza você já ouviu falar dos algoritmos do Facebook, por exemplo. Algoritmos são conjuntos de códigos e regras que definem seu perfil. Ele registra todas suas informações, cruza os dados e cria seu perfil. Além disso, ele também entende quais são seus comportamentos e quais tendências deles se repetirem. Essa informação é oferecida para anunciantes de redes sociais e de mecanismos de busca.

Vamos aplicar na medicina.

Existem sistemas de alta tecnologia e inteligências artificiais que podem traçar seu perfil, e estabelecer um padrão de diagnóstico no mundo todo. Imagine só, a inteligência percebe que a combinação de dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor nas articulações representa 45% de chance de ser dengue. Se o exame for feito em determinada região, a porcentagem aumenta. E assim por diante.

No fim, o sistema irá criar um padrão, aprender com os próprios erros, e diagnosticar com uma precisão absurda. E o mais interessante é que não há necessidade de humano para a análise. A máquina poderia fazer dezenas (ou centenas) de diagnósticos por minuto simultaneamente.

Combate ao HIV.

Os primeiros casos de AIDS no mundo começaram em 81, e se tornou uma epidemia generalizada em diversos países. O avanço da doença leva a pneumonia, tuberculose e sarcoma de Kaposi, um tipo de câncer raro. A doença levou muitas pessoas, inclusive não é difícil se lembrar de famosos que faleceram por conta da doença.

Hoje a tecnologia evoluiu a ponto de que somente um único comprimido pode fazer o tratamento do paciente. Em novembro de 2021, a Anvisa aprovou o registro de um medicamento chamado Dovato. Ele reúne duas substâncias, o Dolutegravir e a Lamivudina.

Esses medicamentos impedem que o vírus se reproduza, e fazem com que ele não consegue entrar na célula humana. Além disso, a Anvisa comenta que o remédio faz diminuir a quantidade de HIV no corpo, mantendo num nível baixo, e aumentando a contagem de células CD4, responsáveis pelo combate à infecções e bem importante para o sistema imunológico.

Células-tronco no combate do HIV.

Recentemente vimos também o caso de primeira cura do HIV com células-tronco. Uma mulher de meia idade foi curada da doença após receber a transfusão de células-tronco sanguíneas com uma mutação específica. O doador possui uma imunidade ao vírus HIV. Além disso, ela também recebeu células sanguíneas de um parente próximo para diminuir os índices de rejeição.

Novos tratamentos para câncer.

Assim como o HIV, o câncer é uma doença que assusta qualquer um. Inclusive, a palavra era proibida de ser usada em jornais e ambientes de saúde, como laboratórios e hospitais. Não é por menos. Em 2007, a mortalidade era de 40% nas pessoas que tinham um tumor maligno. Em 2017, o índice já se tornou 25%.

Desde os anos 50 os tratamentos eram ancorados em 3 pilares: remoção cirúrgica do tumor, quimioterapia e radioterapia. Porém, com os avanços da medicina nos últimos anos, isso vem mudando. Atualmente existem terapias chamadas “terapias-alvo”. São as imunoterapias que buscam controlar o tratamento para a quimioterapia não agredir também as células saudáveis.

Exemplo disso é terapia CAR-T Cell. Essa é uma terapia personalizada utilizando células do paciente. As células de defesa do paciente são editadas geneticamente para combaterem o câncer com mais facilidade e com alta precisão.

Impressão de órgãos 3D.

Parece coisa de ficção científica, mas não é. Hoje já é possível imprimir órgãos humanos em impressoras 3D, inclusive no Brasil. A tecnologia veio para tentar acabar com as longas filas de transplantes, permitindo que a pessoa tenha um novo órgão produzido com suas próprias células.

O Brasil está na corrida para formar o primeiro coração em impressora 3D com o médico e pesquisador Gabriel Liguori, da USP. Em 2020, ele ganhou destaque por ser um dos jovens mais inovadores da América Latina pela Revista MIT Technology Review.

A técnica consiste em modelar um órgão em impressora 3D. Depois, os pesquisadores produzem uma biotinta. Ela pode ser um hidrogel com aspecto pastoso. Esse material é biocompatível, por isso pode atrair materiais biológicos, como as células-tronco, para iniciar a formação do órgão.

Então as células começam a se multiplicar nessa estrutura, formando os tecidos, vasos sanguíneos e toda composição de um órgão, seguindo o desenvolvimento natural das células. Leia nosso texto sobre bioimpressão 3D aqui.

Controle da insulina.

Tão incrível quanto o item anterior, hoje há uma tatuagem que muda de cor de acordo com os níveis de açúcar no sangue, auxiliando o diabético a controlar a doença. Esse controle pode ser definitivo para o tratamento do paciente.

O projeto chamado DermalAbyss, uma colaboração entre os pesquisadores do MIT e de pós-doutores da Harvard Medical School, o Doutor Ali Yetisen e a Doutora Nan Jiang.

Eles desenvolveram uma tinta capaz de mudar de cor de acordo com a química do fluído intersticial do corpo. Uma das tintas desenvolvidas muda de cor do verde para o marrom, conforme a concentração de glicose aumenta. Eles desenvolveram também uma outra tinta que muda de cor conforme o nível de sódio aumenta, indicando desidratação.

Foi desenvolvido também um aplicativo que analisa uma imagem de um sensor e garante um diagnóstico quantitativo completo. Yetisen, desenvolvedor do aplicativo, diz que, além de seus pacientes serem o público principal do app, ele também seria muito útil para astronautas, os quais dependem de monitoramentos de saúde contínuos.

Agora o objetivo deles é ajustar algumas coisas, como fazer uma tinta que não desapareça com o tempo e que não se espalhe para outras partes da pele. Você pode ver outras tecnologias para diabetes aqui.

O que podemos esperar? 

Podemos esperar muito! São tantas perspectivas que é até um pouco difícil imaginar como serão os próximos anos.

Mas uma coisa é certa: muita coisa boa pode vir por aí! Nos anos 80, ninguém imaginava que estaríamos andando com computadores na palma de nossas mãos, ou que poderíamos em tão pouco tempo falar cara a cara com pessoas do outro lado do mundo.

É difícil termos uma ideia exata de quais serão as tecnologias em nosso dia a dia num futuro próximo, mas podemos enxergar perspectivas de grandes mudanças. Essas mudanças estão concentradas em áreas como a biotecnologia e inteligência artificial.

Por isso, se preparar para essa nova era da medicina é essencial!

Armazenamento de células-tronco.

Olhando para tudo isso, a R-Crio realiza o armazenamento de células-tronco já há 7 anos! Desde 2014 estamos preservando as células de nossos clientes, garantindo a eles novas formas de acesso a saúde.

Células-tronco estão no centro da medicina regenerativa. Essa forma de medicina busca substituir ou regenerar as células do nosso organismo, aumentando a qualidade de vida e diminuindo dores. Quem sabe em breve teremos todas as ferramentas para regenerarmos nosso corpo, vencendo a principal doença do ser humano: o envelhecimento.

Ainda é cedo para especular, mas podemos afirmar que estamos vivendo uma nova era. A medicina nunca mais será como antes. Os desafios da saúde, já não são os mesmos.

Agora, o que temos que fazer é nos planejar. Sabendo de tudo que está acontecendo, e a velocidade dos avanços na ciência e tecnologia, cabe a nós sermos conscientes e nos preparamos para um admirável mundo novo da saúde.

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