
Que o brasileiro é caloroso não é novidade para ninguém. O país tem fama de receber todos os estrangeiros muito bem e ser simpático entre os próprios conterrâneos. Uma das características dessa afetividade é o abraço, tão comum no cotidiano de cada pessoa. Você sabia que essa demonstração de carinho pode afetar a saúde dos indivíduos? Principalmente em quem está muito acostumado com a prática de abraçar. Acompanhe o texto para entender.
O período pandêmico
A partir de 2020, o mundo sofreu com o distanciamento causado pela pandemia. Dessa maneira, parentes ficaram afastados, sendo pais e filhos, avós e netos, tias e sobrinhos, irmãos… O que ocasionou um isolamento social onde não se pôde abraçar entes queridos.
Além disso, não era possível abraçar conhecidos nas ruas, amigos que eram ocasionalmente encontrados pelas escassas andanças, nem mesmo apertos de mão eram permitidos. Se readaptar ao novo normal foi complicado, principalmente no Brasil, onde para ser educado e simpático era necessário um caloroso cumprimento.
Toda essa situação foi tão impactante na sociedade brasileira que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os casos de depressão e ansiedade aumentaram em 25% durante o período pandêmico. Demonstrando o quão complicado foi passar quase dois anos em completa falta de afeto e, principalmente, abraços. A saúde mental foi extremamente afetada por essa fase.

Já em 2022, com a retomada da vida no pós-pandemia, o que mais se pensava era em visitar as pessoas queridas e abraçá-las. Não por menos! Uma pesquisa realizada pela SOSI (State of Science Index), o Índice Anual do Estado da Ciência, mostrou que 64% dos brasileiros queriam se abraçar após a pandemia.
Toda essa querência por abraços tem muitos motivos. Dentre eles:
- As crianças, por exemplo, para se desenvolverem bem, precisam de muito contato físico.
- Os cientistas afirmam que precisamos sentir toques para que seja possível aliviar o estresse. Isso ocorre porque o abraço libera a ocitocina, que nos deixa mais relaxados, tranquilos, seguros e calmos.
- Não só para o bem-estar do espírito serve o abraço, mas também para o da nossa saúde. Pois existe uma correlação entre os abraços e a saúde do sistema imunológico. Sendo assim, abraçar colabora para não ficarmos doentes.
Saúde em dia ao abraçar
Como dito, o abraço possui diversos benefícios, até mesmo para a saúde, mas eles não param por aí. Abraçar nos deixa menos suscetíveis a ataques cardíacos, derrames, depressão, ansiedade e a doenças cardíacas, já que esse ato reduz a pressão arterial do corpo humano quando realizado.
A falta de abraços torna o indivíduo propenso a quedas de autoestima, aumento de insegurança, desamparo e solidão. Isso porque abraçar traz uma sensação de segurança e de apoio. Sem o abraço não existem esses sentimentos aflorados.

Aproveitar os momentos com abraços é essencial
O mundo todo pede por momentos que possam favorecer a integridade mental e que possam fortalecer a saúde e o sentimento de bem-estar. Sendo assim, o abraço se mostra muito importante para a contribuição desses quesitos.
Ainda mais na sociedade brasileira como um todo, onde a cultura do abraço está arraigada nos costumes da população, essa prática se mostra cada vez mais viva. Mesmo com a pandemia da Covid-19, não se extinguiu esse hábito dos indivíduos.
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Por: Lucas Lima, Jornal Jr. – Unesp/ Bauru