Comportamento

DoomScrolling: Entenda como funciona a obsessão por notícias negativas!

Registros apontam para um aumento deste fenômeno, principalmente durante o período de alta taxa de isolamento social ocasionado pela pandemia da COVID-19.

O termo “DoomScrolling” que, segundo o Dicionário da Universidade de Cambridge, significa “a ação de gastar muito tempo, através do celular ou do computador, na leitura de notícias negativas e desgastantes”, chamou a atenção de médicos e psicólogos pelo fato de relacionar aspectos da era digital e da ansiedade, representando um perigoso maléfico para a saúde mental de todos.

Homem branco careca, com barba e bigode, vestindo camisa e calças de pijama cinzas, sentado em uma sofá azul escuro em uma casa de classe média alta com uma escrivaninha e decorações ao fundo, espantado com uma das mãos na cabeça olhando para algo intrigante em seu celular.
A saúde psicológica da população enfrenta diversos desafios durante a atual pandemia. Entre estes desafios, a ansiedade mental é um dos mais comuns (Imagem: Freepik)

Quando estamos cercados de notícias negativas – doenças epidêmicas, alto índice de desemprego, escândalos políticos, desastres naturais ou mortes misteriosas –, parece tentador seguir por um destes dois caminhos: evitar todas as menções a elas ou ler obsessivamente sobre cada detalhe que as compõem.

E, infelizmente, no ambiente virtual, é natural que optemos pela segunda direção. Por isso, não é coincidência que o “doomscrolling” seja um fenômeno intrinsecamente associado à era digital, visto que torna-se uma válvula de escape em meio ao caos instaurado no mundo inteiro ao longo de uma pandemia que já dura dois anos e obrigou boa parte da população a diminuir radicalmente o nível de sociabilidade. 

Mulher branca loira, vestindo uma regata de cor azul claro, sentada em uma sofá branco,desesperada e com uma das mãos na cabeça olhando para algo impactante negativamente em seu celular.
Os prejuízos para a saúde mental e psicológica são incontáveis e nocivos. (Imagem: Yanalya/Freepik)

       Em março de 2020, o norte-americano Kevin Roose, do The New York Times, fez uma reportagem sobre como acompanhar as notícias a respeito da COVID-19. Kevin disse “Eu tenho feito muito desse tipo de doomscrolling recentemente, me agitando a ponto de sentir desconforto físico e apagando qualquer esperança de uma boa noite de sono. Talvez você também tenha feito isso. Não há nada de errado em se manter informado. Mas precisamos praticar o autocuidado e equilibrar nosso consumo de notícias ruins com tipos mais suaves de estímulo, para nossa saúde e a sanidade das pessoas ao nosso redor”, escreveu, na ocasião.

      Assim sendo, apesar dos diversos  pontos positivos em manter-se informado, é fato que este comportamento, quando obsessivo, induz a diversas complicações psicológicas e físicas. Dor de cabeça, complicações digestivas, ansiedade, ganho de peso, insônia, perda de memória e depressão são somente alguns dos problemas que podem ser acarretados.

Como evitar o “DoomScrolling”?

Mulher negra de cabelo cacheado, vestindo uma camisa cinza, sentada em uma cadeira preta e de frente para um notebook. Ao seu lado, outras pessoas que aparentam ser funcionários da mesma empresa. Ela está espantada com as duas mãos no rosto, como se acabasse de ler sobre algo triste e desanimador.
Em uma sociedade fortemente impactada pela pandemia, desconectar-se e tirar um tempo para si é uma das saídas mais recomendadas pelos especialistas. (Imagem: Freepik)

Entre as possíveis formas de lidar com o “DoomScrolling, a etapa inicial é identificar o problema, reconhecer-se como alguém que sofre desse mal e partir para a auto reflexão e verificar se você está disposto a mudar seus hábitos na intenção de impedir que isso volte a acontecer!

Após isso, uma das soluções é desconectar-se do ambiente virtual ou, pelo menos, limitar o tempo de uso, visando focar na vida real e na socialização. Destine seu tempo livre para hobbies, como cozinhar, fazer atividade física, relaxar, pintar ou fazer artesanato. Acima de tudo, caso opte pela leitura, que seja uma leitura leve e que desperte sentimentos positivos. Enxergar o lado bom da vida irá ajudar e muito a sua sanidade mental!

Por fim, procure ajuda de especialistas. Converse com profissionais da saúde mental e emocional e cobre-se para não julgar a si mesmo caso não consiga quebrar rapidamente este hábito. Tenha em mente que sempre é possível substituí-los por outros mais saudáveis! Com o tempo, sua autoestima agradecerá.

Agora que você já conhece tanto o termo como os métodos recomendados para evitá-lo, confira as principais matérias sobre comportamento em nosso blog.

Por: Gabriel Almeida, Jornal Jr – UNESP Bauru.

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