Se você costuma utilizar apps de relacionamento, é possível que você já tenha se deparado com alguém que vive o oystering comportamento cada vez mais comum na internet. Mas você sabe o que é isso?
Derivado da palavra “ostra” (oyster, em inglês), “osytering” se refere às pessoas que estão solteiras e felizes na sua condição – dentro da sua própria ostra –, mas abertas à possibilidade de encontrar alguém.
O termo foi criado pela plataforma de namoro Badoo no início deste ano e rapidamente se alastrou para outros aplicativos. A frase faz alusão à citação “the world is your oyster”, de autoria do dramaturgo inglês William Shakespeare.
Em tradução literal, a citação “o mundo é sua ostra” tem o sentido de “o mundo é seu”. Ainda nessa metáfora, a “pérola” é o tesouro valioso que se pode encontrar mergulhando nestes apps. Ou seja, significa que você pode curtir a vida, conhecer pessoas e, quem sabe, encontrar um relacionamento amoroso, mas sem que isso seja o objetivo.
Este comportamento está cada vez mais comum nos aplicativos de relacionamento, visto que uma parte dos solteiros entra nestas plataformas para encontrar amizades – que podem vir a se tornar coloridas ou até namoros, mas sem que essa seja a prioridade.
De acordo com Henrique Diaz, vice-presidente da agência de pesquisa de tendências Seeding e Scale da Box 1824, em entrevista para O Globo, o oystering “é um novo olhar para a solteirice, que tem projeção global, mas que é muito forte aqui no Brasil: por sermos um povo muito sociável, não gostamos de ficar sozinhos”.
Apesar de ter se destacado nos últimos meses, esta atitude já era observada por pesquisadores internacionais há pelo menos cinco anos e foi impulsionada pela pandemia, aponta a psicóloga Michele Terres em entrevista à GaúchaZH.
“Esse fenômeno social gera curiosidade porque estamos vivendo um momento em que as pessoas se abrem novamente para os relacionamentos. Estamos saindo de uma época traumática e isso demonstra uma esperança em quem está nesses aplicativos e aceita estar solteiro no momento, mas dá uma abertura para novos relacionamentos”, afirma Michele.
Por muito tempo, o uso das plataformas de relacionamento foi visto apenas como uma busca por relações casuais, ou seja, sem compromisso. Por medo de julgamentos que podem ser causados por esse conceito, muitos desistem de usá-los.
No entanto, a proliferação do oystering demonstra que é possível ter outros interesses dentro dessa busca e usufruir destas plataformas sem necessariamente haver pretensões de encontrar um parceiro.
Seja com interesses específicos ou não, o que importa é aproveitar os aplicativos de relacionamento da forma que melhor lhe aprouver e se divertir, pois o mundo é sua ostra! Se quiser saber mais sobre as atitudes mais comuns na internet, confira as principais matérias sobre comportamento no nosso blog.
Por: Mateus Conte, Jornal Jr – UNESP Bauru.